Blog

O que é deep fake e como é usado?

O que é deep fake e como é usado?

O que é deep fake e como é usado?

O que é deep fake e como é usado?

Kelvi Maycon

/

21 de abr. de 2025

Você já se deparou com um vídeo em que uma personalidade surge fazendo declarações surpreendentes mas que, na verdade, jamais aconteceram? Esse fenômeno, denominado deep fake, desperta curiosidade e preocupação ao mesmo tempo.

Graças aos avanços da Inteligência Artificial, vozes e aparências podem ser forjadas de modo convincente, afetando a forma como interpretamos os conteúdos digitais.

Neste artigo, você vai entender o que é deep fake, ver exemplos de onde aparecem e, principalmente, descobrir como se proteger de manipulações virtuais.

O que é deep fake?

Deep fakes são criações de conteúdo (vídeos, áudios ou imagens) elaboradas por algoritmos de Inteligência Artificial capazes de aprender padrões visuais e sonoros de um indivíduo, para então replicá-los de maneira surpreendentemente realista.

A palavra combina “Deep Learning” (Aprendizado Profundo) e “fake” (falso). Segundo dados divulgados em portais de notícias como o G1 (Fonte: G1), essas falsificações podem induzir o público a aceitar como verdadeiro algo que nunca foi dito ou feito.

No âmbito inicial de pesquisa, as tecnologias avançadas de IA foram idealizadas para expandir possibilidades em efeitos especiais e, até mesmo, criar cenários de realidade aumentada.

Contudo, com aprimoramentos contínuos das redes neurais, seu uso se estendeu a áreas como entretenimento, propaganda, política e fraudes, influenciando o modo como passamos a confiar nas informações digitais.

Aplicações comuns de deep fakes

Entretenimento e mídia

Em filmes e séries, o deep fake possibilita substituir o rosto do dublê pelo do ator principal, criar cenas diferentes com artistas indisponíveis ou até “rejuvenescer” personagens em flashbacks.

Esses recursos, cada vez mais populares em grandes produções, melhoram a fluidez e permitem ajustes rápidos na pós-produção. Ao mesmo tempo, surgem debates sobre direitos de imagem, sobretudo quando a pessoa não autoriza o uso da própria voz ou aparência.

Além disso, produtores de conteúdo digitais têm usado deep fakes para vídeos humorísticos ou experimentais. Em algumas ocasiões, o público é avisado do processo de manipulação. Em outras, a manipulação nem sempre fica clara, abrindo espaço para questionamentos éticos sobre o limite entre criatividade e enganação.

Fraudes e desinformação

A sofisticação das deep fakes também atrai o interesse de golpistas. De acordo com relatórios do MPF (Fonte: MPF), criminosos se valem da possibilidade de falsificar discursos e aparências para espalhar fake news, difamar pessoas ou aplicar golpes em empresas.

Entre as técnicas mais comuns:

  • Solicitações de transferências bancárias forjadas, nas quais a voz do suposto líder da organização é imitada para enganar colaboradores;

  • Vídeos adulterados que distorcem falas de figuras públicas, criando escândalos fictícios;

  • Locuções de celebridades em propagandas enganosas, induzindo a compra de produtos suspeitos.

Nesses casos, a manipulação se torna cada vez mais autêntica, o que dificulta a identificação por olhos destreinados e intensifica a circulação de informações falsas.

Campanhas eleitorais

O uso de deep fakes em processos eleitorais se tornou tópico de grande preocupação no mundo todo. Quando vídeos falsos são divulgados para difamar candidatos ou criar discursos inexistentes, há um sério risco de manipulação da opinião pública.

No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece que a veiculação intencional de conteúdo manipulado para prejudicar um candidato configura crime eleitoral.

Redes sociais e plataformas de vídeo também estão em alerta, buscando estratégias para remover materiais enganosos e proteger usuários de desinformação.

Tecnologias utilizadas na criação de deep fakes

A base da construção de deep fakes está em técnicas de Inteligência Artificial que analisam amostras de dados — como rostos, vozes ou expressões — para treinar a máquina a gerar conteúdos semelhantes. Quanto mais vasto e detalhado for o conjunto de exemplos, mais preciso e convincente será o resultado.

Redes Neurais Generativas Adversariais (GANs)

As GANs (Generative Adversarial Networks) são formadas por duas redes neurais que trabalham de modo competitivo. A primeira cria um conteúdo sintético (vídeo ou áudio falso), enquanto a segunda tenta identificar se esse material é genuíno ou forjado.

À medida que a primeira rede melhora sua capacidade de enganar a segunda, as falsificações passam a ter um nível de realismo altíssimo.

Por serem acessíveis em bibliotecas de IA de código aberto e plataformas mais avançadas, as GANs permitem que desenvolvedores independentes experimentem essa tecnologia tanto em projetos construtivos (como criação artística) quanto em aplicações maliciosas.

Aprendizado Profundo (Deep Learning)

O Deep Learning processa um grande volume de exemplos para reconhecer padrões como entonação, movimentos faciais e sincronização labial. Assim, ao receber uma base de referência — por exemplo, horas de gravação de uma pessoa — o modelo é capaz de recriar gestos e tons de voz quase indistinguíveis do original.

Nos últimos anos, a disponibilidade de servidores mais potentes e técnicas de otimização acelerou ainda mais esse processo. Hoje, qualquer indivíduo com certo conhecimento em IA pode gerar deep fakes sem exigir um enorme aparato tecnológico, o que ressalta a importância de estratégias de detecção.

Como identificar deep fakes?

Identificar deep fakes se tornou um desafio crescente, mas é possível treinar o olhar para não ser enganado tão facilmente. Nenhum método é 100% seguro, mas algumas abordagens elevam a chance de descobrir manipulações.

Análise de inconsistências visuais

Verifique se há:

  • Olhos piscando menos do que o normal ou de forma não natural;

  • Espaço entre a fala e o movimento dos lábios, como se o corpo estivesse fora de sincronia;

  • Distorções repentinas, especialmente quando a pessoa move a cabeça ou o rosto com rapidez.

A atenção a sombras, iluminação do ambiente e transições de cor na pele também pode revelar adulterações. Vale pausar em quadros estáticos, pois falhas ficam mais evidentes quando analisadas quadro a quadro.

Verificação de fontes e contexto

Antes de acreditar num vídeo que “viraliza”, procure informações em veículos de imprensa confiáveis. Analise se sites de renome noticiaram o fato e, em caso de dúvida, busque o vídeo original para comparar.

Verificar datas e locais é igualmente essencial: se há uma diferença entre o suposto evento e a data ou o horário em que alguém estava ao vivo em outro lugar, é indício forte de manipulação.

Uso de ferramentas de detecção

Existem soluções automatizadas que ajudam a analisar sinais de edição em vídeos e imagens, buscando imperfeições imperceptíveis a olho nu.

Veículos como a BBC e The New York Times têm investido em tecnologias que rastreiam intervalos de frames para apontar adulterações. Embora nem sempre infalíveis, esses sistemas são cada vez mais úteis na verificação de conteúdos compartilhados em massa.

Medidas legais e éticas contra o uso indevido

Legislação vigente

Em vários países, a disseminação intencional de deep fakes para prejudicar outra pessoa pode ser enquadrada em crimes de difamação ou estelionato, conforme as circunstâncias.

No Brasil, o TSE e o Ministério Público Federal (MPF) vêm aprimorando normas para punir responsáveis pela manipulação de vídeos e áudios em disputas eleitorais. As sanções vão de multas até pena de detenção, dependendo das consequências do ato.

Iniciativas de conscientização

Paralelamente às leis, a conscientização social se mostra fundamental para barrar o avanço de fraudes. Universidades e empresas de tecnologia organizam workshops sobre como detectar deep fakes, formando cidadãos mais atentos em relação à veracidade das informações que consomem.

A educação midiática, portanto, ganha destaque como forma de esclarecer que nem tudo o que circula nas redes é real — e de responsabilizar-se pela divulgação de conteúdos.

Os deep fakes ressaltam uma característica humana: nossa propensão a confiar no que vemos ou ouvimos. Hoje, a tecnologia pode simular padrões com realismo impressionante, transformando em urgente a nossa busca por verificação.

É essencial, então, adotar ferramentas, métodos de checagem e uma postura crítica ao consumir materiais digitais.

Cadastre-se na newsletter gratuita da Adapta e fique por dentro das novidades.

Receba atualizações inéditas sobre o mundo da IA generativa.

Cadastre-se na newsletter gratuita da Adapta e fique por dentro das novidades.

Receba atualizações inéditas sobre o mundo da IA generativa.

Cadastre-se na newsletter gratuita da Adapta e fique por dentro das novidades.

Receba atualizações inéditas sobre o mundo da IA generativa.

Fale Conosco

Atendimento humanizado, todos os dias da semana, das 09h00 às 18h00.

Logo Adapta

CNPJ: 26.081.999/0001-34

Rua Fidencio Ramos, 101 – Conj 25, Vila Olímpia, São Paulo – SP – CEP: 04551-010

Fale Conosco

Atendimento humanizado, todos os dias da semana, das 09h00 às 18h00.

Logo Adapta

CNPJ: 26.081.999/0001-34

Rua Fidencio Ramos, 101 – Conj 25, Vila Olímpia, São Paulo – SP – CEP: 04551-010

Fale Conosco

Atendimento humanizado, todos os dias da semana, das 09h00 às 18h00.

Logo Adapta

CNPJ: 26.081.999/0001-34

Rua Fidencio Ramos, 101 – Conj 25, Vila Olímpia, São Paulo – SP – CEP: 04551-010