
Kelvi Maycon
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16 de jul. de 2025
Ao contrário de um simples chatbot que apenas responde perguntas, o agente de IA se adapta de forma contínua, identificando padrões, aprendendo com situações novas e agindo de modo autônomo.
No universo atual, em que as empresas buscam otimizar tarefas e entregar melhores experiências para clientes, esses agentes representam mais do que uma moda: eles são uma forte tendência de inovação.
Hoje, vamos explorar em detalhes o que é um agente de IA, por que ele é tão relevante e como é possível criar o seu do zero.
Como funciona e para que serve um agente de IA?
Um agente de IA é um software inteligente que percebe o ambiente, processa dados e toma decisões baseadas em algoritmos de aprendizado de máquina ou em regras definidas. Na prática, ele vai muito além de responder a comandos: o agente analisa, planeja e executa ações.
Se pensarmos em um projeto grande de automação, esse tipo de sistema não apenas faz “perguntas e respostas”: ele pode disparar e-mails, compilar relatórios ou até mesmo interagir com ferramentas de gestão, tudo de forma automatizada.
Em um cenário empresarial, o agente de IA pode exercer funções em diversos setores. Por exemplo, ele pode revisar documentos jurídicos em busca de cláusulas sensíveis, monitorar movimentações financeiras ou mesmo oferecer atendimento ao cliente, sugerindo soluções de forma pró-ativa.
Para chegar a esse nível de precisão, o sistema se apoia em dados e integrações com outros softwares — como CRMs, plataformas de e-mail e aplicativos de controle de processos — garantindo que a adaptabilidade seja constante.
Arquitetura básica de um agente de IA
Para que um agente de IA opere com eficácia, normalmente ele é estruturado em quatro componentes principais:
Percepção do ambiente: Ele coleta informações usando APIs, bancos de dados ou sensores, dependendo do contexto.
Processamento e raciocínio: Nessa etapa, entram em cena algoritmos ou modelos de Inteligência Artificial, como redes neurais ou modelos de linguagem, para interpretar os dados.
Tomada de decisão: Com base em regras e/ou em aprendizado contínuo, o agente avalia o que precisa ser feito e escolhe a ação mais adequada.
Ação: Por fim, ele executa a tarefa, seja disparando emails, integrando-se a um software ou interagindo de maneira autônoma em um sistema.
Qual a diferença entre chatbot e agentes de IA?
Enquanto o chatbot tradicional responde a perguntas pontuais e quase sempre depende de interações humanas, o agente de IA segue um caminho mais avançado. Ele pode agir sozinho — ou seja, não é necessário que alguém envie uma solicitação para que o agente processe dados ou envie notificações.
O chatbot fica limitado ao diálogo. Já o agente de IA “enxerga” o ambiente, coleta sinais e escolhe a melhor forma de intervir com base em um objetivo, como aumentar a eficiência de um processo ou garantir maior rapidez no atendimento a clientes. Isso torna o agente mais flexível e capaz de evoluir à medida que recebe novos dados e experiências.
Quais os benefícios de um agente de IA?
A adoção de um agente de IA costuma trazer uma série de vantagens que impactam diretamente a agilidade e a qualidade das operações em uma empresa:
Automação de tarefas repetitivas:
Atividades que costumam tomar horas da equipe, como analisar documentos, categorizar e-mails ou monitorar indicadores, podem ser otimizadas. Ao liberar as pessoas dessas tarefas, o agente de IA permite que o time se volte a tarefas mais estratégicas.
Redução de erros:
Ao depender de algoritmos e análises feitas com base em critérios objetivos, a probabilidade de falhas diminui bastante. Isso é especialmente importante em áreas sensíveis como finanças, gestão de riscos ou avaliação jurídica.
Eficiência no atendimento ao cliente:
O agente de IA é capaz de armazenar informações sobre o perfil do cliente e oferecer soluções customizadas, o que se traduz em um nível de satisfação mais alto. Com essa automação, é possível reduzir o tempo de resposta e resolver problemas de forma mais personalizada.
Otimização estratégica:
Muito além de executar tarefas, o agente de IA consegue identificar padrões e tendências, sugerindo ajustes em estratégias de vendas ou detectando ineficiências em processos internos.
Aprendizado contínuo:
Com cada interação e feedback que recebe, o agente de IA refina sua compreensão sobre o contexto em que atua. Dessa forma, as tomadas de decisão vão ficando cada vez mais robustas, o que eleva o nível de consistência das ações.
Quais são os tipos de agentes de IA?
Existem diferentes classificações para agentes de IA, levando em conta o nível de aprendizado, a forma de processar informações e a complexidade de cada projeto. Antes de investir em uma solução, é importante conhecer esses modelos para entender qual se encaixa melhor em seu objetivo.
Principais tipos de agentes de IA
Reflexivos Simples: Esses agentes seguem instruções do tipo “se ocorrer tal evento, execute tal ação”. São eficientes em ambientes estáveis, onde os problemas podem ser resolvidos com condicionais simples.
Baseados em Modelo: Constroem um “mapa” interno do ambiente para simular cenários e antecipar potenciais consequências.
Baseados em Metas: São movidos pela busca de um objetivo específico, como otimizar custos ou elevar a taxa de satisfação do cliente. Eles selecionam as ações que melhor atendem a essas metas.
De Aprendizado: Têm a capacidade de empregar machine learning para evoluir suas estratégias. São indicados em contextos onde as condições mudam com frequência.
Multiagentes: Envolvem vários agentes de IA atuando ao mesmo tempo. Cada um cuida de tarefas distintas ou complementares, tornando o sistema como um todo mais escalável e flexível.
Como criar um agente de IA?
Construir um agente de IA envolve algumas etapas fundamentais, que vão desde a definição do propósito até o processo de melhoria contínua. Essa jornada pode ser encarada tanto por grandes corporações quanto por negócios em crescimento, que buscam tornar processos mais dinâmicos e confiáveis.
Definindo o propósito e escopo do seu agente
O primeiro passo para criar um agente de IA envolve entender claramente qual problema você deseja atacar. Quer reduzir o tempo de resposta em um canal de atendimento? Automatizar a leitura de contratos? Ou mesmo processar dados de redes sociais em busca de tendências?
Com o objetivo bem definido, fica mais fácil planejar o restante do projeto e evitar esforços em funções que não geram valor.
Selecionando e preparando os dados de treinamento
Um agente de IA precisa de informações para aprender ou, ao menos, para comparar dados de entrada com as regras existentes. Por isso, reunir dados de qualidade é crucial. Esses dados podem vir de históricos de atendimento, bases técnicas ou até registros de interação com clientes.
Antes de treinar o modelo, vale checar se existem duplicações, dados incoerentes ou obsoletos, pois o bom desempenho do agente depende de uma base de treinamento sólida.
Escolha o modelo certo de aprendizado de máquina
Há diversos tipos de modelos, e a escolha depende das tarefas que o agente vai desempenhar. Para interações de texto mais ricas, por exemplo, modelos de linguagem robustos como GPT-4o ou Llama 3.1 podem ser boas opções.
Já para análise de imagens ou classificação de dados mais específicos, redes neurais especializadas são recomendadas. Esse processo exige identificar os requisitos de velocidade, custo e complexidade.
Vale ressaltar que, em certas implementações, é possível combinar diferentes modelos para atingir soluções mais abrangentes.
Desenvolvimento e implementação do agente
Depois de selecionar os dados e modelos, chega a hora de estruturar o código. Aqui, entram em cena linguagens de programação, frameworks de IA e integrações com sistemas externos.
Avaliando o desempenho do seu agente
Uma vez que o agente entra em operação, monitorar seus resultados é essencial para saber se ele está cumprindo as metas estabelecidas. É importante analisar métricas como acurácia, tempo de processamento e a capacidade de extrair as informações corretas de documentos.
Essa avaliação não apenas mostra o que já está funcionando, mas também indica oportunidades de melhoria e refinamento.
Estratégias de melhoria contínua
Mesmo que o agente apresente bons resultados inicialmente, não significa que o trabalho acabou. Manter um ciclo de revisões garante que ele se torne ainda mais assertivo. Na prática, isso pode significar treinar o modelo com informações atualizadas, refinar parâmetros de aprendizado ou mesmo incorporar novidades tecnológicas.
Esse é o ponto em que a adaptabilidade faz diferença: quanto mais rápido o sistema consegue se ajustar, mais vantagens competitivas ele traz.
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